Propostas

Moradia Digna

Moradia digna é um direito de todas e todos, não pode ser privilégio de algumas pessoas. São Bernardo do Campo enfrenta um déficit habitacional significativo de 92.216 mil moradias, segundo o IBGE de 2023. Não dá para pensar numa cidade do povo sem acesso à moradia digna. Para solucionar isso, é essencial desenvolver políticas públicas habitacionais baseadas no diálogo com a população e na compreensão das demandas regionais.

Ações:

  • Fiscalizar a execução dos Planos Integrados de Urbanização e Regularização Fundiária Sustentável em ZEIS, de todas as áreas de assentamento com decreto emitido, a saber: Associação Pró-Moradia Sonho Real; Associação Comunitária Unidos Pró-Terra; Vila CCS; Jardim Calux, Jardim Calux II, Jardim Calux III; Parque das Flores I; Jardim Vida Nova; Jardim Represa – Rua Curitiba; Royal Park; Jardim Satélite, Parque dos Químicos; Vila Olaria e Jardim Macro Polo II.
  • Estruturar um Projeto de Lei (PL) para adequação habitacional e regularização fundiária de imóveis em assentamentos precários embasado na Lei Federal nº 11.888/2008.
Urbanismo e Proteção Ambiental

A proteção ambiental é uma questão humanitária. Conciliar desenvolvimento urbano com preservação de áreas verdes é um desafio, mas não é impossível. São Bernardo do Campo tem uma responsabilidade aumentada devido às áreas de mata atlântica e à represa Billings. É possível proteger mananciais e matas conciliando com o processo de urbanização, criando uma relação entre as áreas preservadas e a vida na cidade.

Ações:

  • Impulsionar a criação do Plano Municipal de Habitação (PMH), que englobe o levantamento das necessidades habitacionais, a identificação das áreas potenciais para construção que resulte em um relatório de Terrenos Públicos viáveis para construção, priorizando-os no PMH e proibindo a venda desses terrenos, assegurando a participação popular no processo.
  • Estruturar um Projeto de Lei (PL) que oriente sobre a criação de Rede de Parques Públicos de Proteção aos Mananciais e Remanescentes de Mata Atlântica para proteger esses mananciais e matas, integrando-os ao cotidiano da população por meio de esporte e lazer, formando uma infraestrutura verde regional. Medidas de prevenção a desastres devem ser acompanhadas de responsabilidade social para evitar que os mais vulneráveis sejam prejudicados, seja pela perda de casas ou remoções disfarçadas. Assim, a proposta da Rede de Parques Públicos é alinhada ao Plano Municipal de Habitação.
  • Propor e estruturar a construção coletiva dos Planos Populares de Desenvolvimento dos Bairros, fortalecendo o protagonismo popular na identificação de demandas e propostas de melhoria da qualidade de vida, de acordo com a realidade de cada território. Os planos devem abordar mobilidade local, espaços públicos, equipamentos públicos, segurança, meio ambiente, habitação e infraestruturas locais.
  • Impulsionar a alteração de nomes de bairros e vilas, a exemplo da Vila Mussolini, e de quaisquer monumentos ou vias públicas que homenageiam figuras ligadas à ideologias ditatoriais ou criminosas.
  • Exigir e monitorar as ações da Defesa Civil Municipal relativas ao plano preventivo de desastres ambientais nos períodos críticos de ocorrência de deslizamentos, inundações, assoreamentos, entre outros.
  • Propor ampliação da verba pública destinada à prevenção de desastres ambientais, a partir de estudos sobre as características do município e riscos identificados.
  • Propor, nos equipamentos e espaços públicos, ações populares de conscientização e preservação ambiental com vistas a envolver munícipes nas ações de preservação e proteção ambiental.
Participação popular

A participação do povo na política não deve se restringir apenas ao voto! Para trazer para perto a população, que é quem realmente conhece e sabe de suas necessidades, é preciso ampliar os instrumentos de participação popular na política de São Bernardo do Campo, e os conselhos populares são exemplos de participação ativa no cotidiano da vida política.

Ações:

  • Fomentar a criação de Conselhos Populares Participativos para que o controle social do investimento público seja efetivo.
  • Promover a cidadania crítica por meio de ações de educação para a cidadania com vistas a simplificar, debater e disseminar o contexto sócio-político-legislativo e formar a população para ampliar a participação social nos espaços políticos democráticos.
  • Criar canais digitais de participação social para estabelecer diálogo direto com toda população são-bernardense.
  • Retomar a prática do Orçamento Participativo regional, envolvendo a população na priorização e direcionamento das verbas públicas.
  • Continuar com a escuta atenta da população por meio do “Escuta Dalécio” para manter a aproximação com munícipes e promover o elo entre população e poder público local.
Mobilidade urbana

O direito à cidade está diretamente vinculado à mobilidade urbana. São Bernardo do Campo é uma das cidades mais ricas de toda São Paulo e, contraditoriamente, tem a passagem mais cara do Estado. Vamos seguir o exemplo da nossa vizinha São Caetano do Sul, que implantou o passe livre pleno em 2023, também podemos ampliar as ciclovias e ciclofaixas e permitir acesso da periferia ao centro urbano.

Ações:

  • Impulsionar a adoção da Tarifa Zero que garanta a circulação das pessoas pela cidade e possibilite o acesso a serviços e espaços de esporte e lazer.
  • Propor ao poder público local a conexão, expansão e descentralização da rede de ciclovias e ciclofaixas, conectando os bairros mais distantes ao centro da cidade.
  • Exigir a reativação das linhas de ônibus que atendiam bairros periféricos em direção ao centro urbano e foram canceladas, significando na segregação urbana.
Saúde

O acesso ao serviço de saúde pública é um direito universal garantido em nossa constituição, mas mesmo assim a violação desse direito ocorre repetidamente na nossa cidade. Mulheres sofrem violência obstétrica, crianças com condições de desenvolvimento neurológicas diversas não recebem atendimento de qualidade, pessoas sem acesso a medição básica. Além disso, a prestação de contas não é realizada de forma objetiva e transparente. É preciso democratizar o acesso à saúde pública e nós vamos lutar por isso.

Ações:

  • Criar um Projeto de Lei (PL) que apresente diretrizes para obrigatoriedade de contratação de obstetrizes e doulas no Hospital da Mulher de São Bernardo do Campo, garantindo assistência de qualidade à mulher.
  • Exigir a contratação de neuropediatras para atendimento especializado de crianças, respeitando suas características de desenvolvimento, social e neurológica.
  • Exigir ações de ampliação da equipe de profissionais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) reduzindo os longos prazos para realização de consultas e exames.
    Fiscalizar a distribuição dos remédios nas UBS e postos de saúde.
  • Exigir e acompanhar a prestação de contas do sistema público de saúde são-bernardense

 

Cultura

Nós entendemos que atividades culturais são essenciais para a coesão social e o desenvolvimento pessoal e comunitário. São Bernardo precisa descentralizar os investimentos culturais e promover apoio financeiro a artistas locais e periféricos, fortalecendo e ampliando a capilaridade cultural de associações e grupos culturais localizados nos bairros mais distantes do centro urbano, a exemplo do Programa VAI (Programa de Valorização de Iniciativas de Cultura) adotado na nossa vizinha São Paulo.

Ações:

  • Exigir a criação de editais de cultura direcionados a manifestações culturais locais, que representem a diversidade populacional.
  • Apoiar o Fundo Municipal de Cultura solicitando que parte das arrecadações advindas da locação dos espaços culturais da cidade pela iniciativa privada seja a ele destinado.
  • Protocolar proposta de ampliação de ações culturais realizadas no Pavilhão Vera Cruz.
  • Estruturar um Projeto de Lei (PL) que institui a Semana da Cultura Periférica em São Bernardo do Campo.
  • Promover batalhas culturais para ampliação das ações culturais e apropriação e uso dos espaços públicos.
Educação

Educação é a base para a construção de pessoas políticas, críticas que cobram do poder público seus direitos garantidos, resultando numa sociedade mais justa e igualitária. Em São Bernardo precisamos que as escolas sejam abertas para a comunidade, que promova ações coletivas e ofereça acesso à educação para nosso povo jovem e adulto que não terminou os estudos. Além disso, o município precisa garantir vagas nas creches para famílias que precisam desse serviço. São essas as nossas lutas na educação, o acesso universal a esse direito básico.

Ações:

  • Demandar a ampliação do Programa Escola de Portas Abertas (EPA) para que as unidades escolares sejam palco da apropriação popular por meio de ações de educação, cultura, esporte, lazer, saúde e geração de renda.
  • Propor meios de melhorar a busca ativa e a divulgação da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
  • Lutar para ampliação das vagas oferecidas nas creches municipais.
  • Fiscalizar a atuação da Secretaria Municipal de Educação na aplicabilidade e monitoramento do ensino da cultura afro nas escolas municipais de São Bernardo do Campo.
Antirracismo

A luta antirracista é diária e universal. Em São Bernardo do Campo inúmeros casos de racismo são vivenciados cotidianamente, seja pela ausência de políticas públicas que promovam a igualdade, pela atuação truculenta da guarda municipal, ou até pelo fechamento e ameaça de extinção de iniciativas e projetos culturais, de resistência e de fortalecimento da população negra. Nós não admitimos isso! E vamos lutar contra essa prática e atuar em prol de ações antirracistas. Exigimos uma cidade antirracista e verdadeiramente democrática.

Ações:

  • Defender a criação da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial com autonomia para promover e ampliar ações afirmativas da cultura negra.
  • Exigir o cumprimento da Lei nº 10.639/2003 que institui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.
  • Promover um Festival da Cultura Afro-Brasileira no dia 20 de novembro como símbolo de memória e resistência.
  • Monitorar a atuação da Guarda Civil Municipal (GCM) para coibir a violência contra a população negra na cidade.
Pessoas Idosas

Entendemos que todas as pessoas têm direito a uma vida digna, com acesso aos serviços que garantam melhor qualidade de vida e auxiliem na prevenção de doenças que acometem, principalmente, as pessoas mais velhas. É por isso que na nossa gestão vamos fortalecer o Conselho Municipal dos Direitos das Pessoa Idosa (CMPDI).

Ações:

  • Fortalecer o CMPDI quanto ao seu papel de fiscalizador e direcionador dos recursos do para que o Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de São Bernardo do Campo.
  • Apoiar o CMPDI na fiscalização das ações do Centro Dia do Idoso em relação às condições do local para atendimento da população idosa, qualidade dos serviços oferecidos e aderência às demandas das pessoas idosas.
Segurança Pública

Nós somente poderemos nos apropriar da cidade, dos espaços públicos, se nos sentirmos seguros para circular livremente por ela. Saber quais locais deixam o povo inseguro é fundamental para pensar em políticas de segurança pública, por isso, mapear esses locais é um primeiro passo a ser dado em direção a uma cidade de livre circulação.

Ações:

  • Estimular a elaboração de um mapa colaborativo dos pontos de insegurança na cidade de São Bernardo para subsidiar a atualização e proposição de políticas de segurança pública.
  • Identificar pontos que podem tornar-se mais seguros por meio de ações do poder públicos, tais como trajetos sem iluminação ou com serviço oferecido parcialmente.
  • Apoiar a luta dos GCMs por reconhecimento, respeito e acesso a condições dignas de trabalho.
Mulheres

Nos últimos meses percebemos como a mulher sofre na nossa cidade: são violentadas no serviço de saúde pública com inúmeros casos de violência obstétrica, alguns resultando, inclusive, em morte das pessoas gestantes e de seus bebês. Elas foram constrangidas e negligenciadas quando suas crianças autistas foram agredidas nas unidades escolares. As mulheres são bernardense não podem sofrer tantas violações de direito. Por isso, vamos apoiar toda a luta das mulheres da cidade.

Ações:

  • Estruturar um Projeto de Lei (PL) que institui a Semana “Cuidando de quem Cuida” para promover, incentivar e fortalecer rede(s) de apoio para as mães, abordar temas sobre saúde mental, o papel da mulher e a desigualdade de gênero na sociedade, oferecer atividades de cultura e lazer, debater e oferecer alternativas para a autonomia feminina em todos os âmbitos, entre outras ações pertinentes.
  • Estruturar Projeto de Lei que estabeleça cotas para mães solo nos concursos públicos municipais, contribuindo para a geração de renda para mulheres deste segmento.
  • Lutar para que a Delegacia de Mulher contemple oficiais femininas em sua equipe de atendimento às vítimas de violência, garantindo um serviço humanizado para essas mulheres.
  • Fiscalizar a construção da Casa da Mulher de São Bernardo garantindo a entrega desse equipamento no prazo divulgado.
    Acompanhar as ações do Centro de Referência e Atendimento à Mulher para garantir que esse equipamento ofereça serviço de qualidade e estruturante para melhorar a qualidade de vida da mulher.
  • Acompanhar os resultados e indicadores do Programa Tem Saída, que emprega mulheres vítimas de violência, a fim de garantir que a política pública seja implantada de forma efetiva e com ações estruturantes para que a mulher alcance sua autonomia financeira.
  • Lutar pela expansão das Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) em São Bernardo, focando também nas regiões periféricas da cidade para que todas as mulheres tenham, de maneira igualitária, acesso a espaços que garantam a segurança feminina no município.